Era inevitável. Tinha que ser. Se escrevo sobre “os filmes da minha vida”, como podia ficar de fora “o filme da minha vida”, my Johnny Guitar? Só mesmo quem não me conheça nem mais gordo nem mais magro, podia supor que um dia destes – mais cedo ou mais tarde – o “Johnny Guitar” não enchia esta página.
Faz parte das minhas lendas – como essa de dizer-se que eu sabia o “Larrousse” de cor aos sete anos – atribuírem-me centenas de visões do “Johnny Guitar”. Num caso como outro há exagero. Só vi o “Johnny Guitar” 68 vezes, entre 1957 e 1988. Dá para saber de cor? Nunca se sabe o “Johnny Guitar” de cor. Cada vez é uma nova vez.” (1)
Faz parte das minhas lendas – como essa de dizer-se que eu sabia o “Larrousse” de cor aos sete anos – atribuírem-me centenas de visões do “Johnny Guitar”. Num caso como outro há exagero. Só vi o “Johnny Guitar” 68 vezes, entre 1957 e 1988. Dá para saber de cor? Nunca se sabe o “Johnny Guitar” de cor. Cada vez é uma nova vez.” (1)
(1) Extraído de um texto publicado no “Independente” de 23 de Setembro de 1988 e incluído em “Os Filmes da Minha Vida, Os Meus Filmes da Vida” de João Bénard da Costa, Assírio e Alvim, Novembro 1990.
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